Home / Vet Responde / Mastectomia em cadelas e gatas: quando é necessária?

Produzido em parceria com a Dra. Paula Cava Rodrigues, médica veterinária no Setor de Oncologia do Pet Care.

Você sabe para que serve e como funciona a mastectomia em cadelas e gatas? A cirurgia é o tratamento indicado para o câncer de mama, uma doença muito comum entre as fêmeas, especialmente as não castradas, mas que também pode afetar os machos. 

O procedimento remove, de forma parcial ou completa, as glândulas mamárias afetadas e as que estão em risco, assim como os gânglios linfáticos sentinelas. Além de retirar o tumor, a operação coleta o material que será analisado para determinar o grau da doença e direcionar se esse procedimento é suficiente ou se será necessário iniciar um tratamento complementar. 

Mas como saber que a mastectomia é necessária? Como funciona o procedimento e o período de recuperação? Para responder a essas e outras perguntas, conversamos com a Dra. Paula Rodrigues, médica veterinária especializada em oncologia do Pet Care. 

Continue lendo e saiba mais! 

Quando a mastectomia em cadelas e gatas é necessária?

A decisão de realizar a mastectomia vem do médico veterinário oncologista. Muitas vezes, o pet chega até esse especialista após passar por um atendimento ou exame de rotina em que foram identificadas formações na cadeia mamária. 

No geral, a presença de bolinhas, caroços, ou pontos endurecidos na região já é um indicativo de que o procedimento pode ser necessário.

Em muitos casos, o próprio familiar identifica esses sinais em casa e leva o pet para uma avaliação mais minuciosa. Inclusive, uma das práticas recomendadas de prevenção do câncer de mama é a palpação regular, que pode ser feita rapidamente em 4 passos:

  1. Aproveite momentos de carinho, com seu pet relaxado; 
  2. Observe as mamas e fique atento a inchaços, vermelhidão e secreções;
  3. Apalpe gentilmente cada mama, pinçando com a ponta dos dedos e faça movimentos circulares suaves; 
  4. Sinta se há nódulos, caroços ou pontos endurecidos. 

Quando a necessidade de mastectomia é confirmada, alguns outros fatores são avaliados pela equipe médica:

“A gente avalia o tamanho, a localização, se a formação é única ou não, se o pet é castrado ou não. Depois, entendemos se já é necessário partir para uma mastectomia ou se pode ser feita antes uma biópsia para entender se é uma formação benigna ou maligna.”

Dra. Paula Rodrigues, médica veterinária oncologista.

Qual é a importância do diagnóstico precoce?

A prevenção e o diagnóstico precoce são chaves para o sucesso no tratamento de diversas doenças, e isso inclui o câncer de mama. Aqui, é fundamental entender que os tumores mamários têm diferentes níveis de gravidade, especialmente em cadelas. 

Já nas gatas, 90% dos tumores são malignos e exigem intervenções mais radicais, como a remoção de ambas as cadeias mamárias. Mas o que tudo isso tem a ver com o diagnóstico precoce? 

Bem, quando o tumor é identificado cedo, fica mais fácil realizar uma avaliação correta da sua gravidade e extensão. Em alguns casos, isso é determinante para evitar o desenvolvimento de metástases (quando as células cancerígenas se espalham para outras partes do corpo). 

“O diagnóstico, quando feito precocemente, permite que a gente pegue uma formação benigna, ou de baixa malignidade, e faça a mastectomia antes que o tumor fique mais agressivo ou inicie o processo de metástases.”

Dra. Paula Rodrigues, médica veterinária oncologista.

Qual é a importância do diagnóstico precoce?

A prevenção e o diagnóstico precoce são chaves para o sucesso no tratamento de diversas doenças, e isso inclui o câncer de mama. Aqui, é fundamental entender que os tumores mamários têm diferentes níveis de gravidade, especialmente em cadelas. 

Já nas gatas, 90% dos tumores são malignos e exigem intervenções mais radicais, como a remoção de ambas as cadeias mamárias. Mas o que tudo isso tem a ver com o diagnóstico precoce? 

Bem, quando o tumor é identificado cedo, fica mais fácil realizar uma avaliação correta da sua gravidade e extensão. Em alguns casos, isso é determinante para evitar o desenvolvimento de metástases (quando as células cancerígenas se espalham para outras partes do corpo).

“O diagnóstico, quando feito precocemente, permite que a gente pegue uma formação benigna, ou de baixa malignidade, e faça a mastectomia antes que o tumor fique mais agressivo ou inicie o processo de metástases.”

Dra. Paula Rodrigues, médica veterinária oncologista.

Como é o procedimento da mastectomia?

Não há dúvidas de que um diagnóstico de câncer de mama assusta e gera preocupação, mas é importante lembrar que as chances de cura são consideravelmente maiores quando há um diagnóstico precoce. Independentemente do caso, a mastectomia é sempre necessária. 

Nesses momentos, contar com uma estrutura hospitalar veterinária de primeira faz a diferença. Com os recursos adequados, além de um diagnóstico preciso, o pet tem acesso a um procedimento seguro e qualificado. E, claro, é muito importante contar com médicos veterinários especializados

A doutora Paula Rodrigues ressalta que as cadelas têm duas cadeias mamárias, com 5 pares de mamilos, já as gatas possuem 4 pares. Normalmente, a mastectomia é unilateral, ou seja, retira toda a cadeia mamária de um dos lados, indo do tórax ao abdômen. Mas dependendo do caso, pode ser necessário retirar dos dois lados. A cirurgia, contudo, não é tão invasiva quanto se pode imaginar.  

“É uma cirurgia um pouco mais ampla, porém não tem invasão de cavidade.  É algo mais relacionado à musculatura e à pele mesmo.”

Dra. Paula Rodrigues, médica veterinária oncologista.

Como é o pós-cirúrgico da mastectomia?

Cirurgia realizada, tumor removido e amostras enviadas para análise. Agora, qual é o próximo passo na recuperação do pet? Primeiro, vem a internação. O animal geralmente fica internado entre 24 e 48 horas, principalmente para monitoramento e controle de dor. 
No Pet Care, contamos com uma estrutura completa para internação, com todos os cuidados necessários. Você pode conhecer mais no vídeo abaixo:

Quando o período de internação chega ao fim, se tudo correr bem, o pet é liberado para ir para a casa, onde a recuperação continua.

“Normalmente o paciente fica com roupa cirúrgica e retorna ao hospital para fazer curativos. Aí, avaliamos se não teve nenhuma complicação da cirurgia, como acúmulo de líquidos, queda de algum pontinho ou sinal de infecção. A retirada dos pontos normalmente acontece de 14 a 20 dias após a cirurgia.”

Dra. Paula Rodrigues, médica veterinária oncologista.

O tempo de recuperação coincide com o tempo para sair o resultado do exame histopatológico, que nada mais é do que a análise dos tecidos retirados durante a mastectomia. Com esse exame, o médico veterinário oncologista pode avaliar a real gravidade do caso e se há necessidade de iniciar um tratamento complementar, como a quimioterapia.

O que fazer para prevenir o risco de câncer de mama em pets?

Embora seja interessante compreender mais sobre a mastectomia, é fato que ninguém quer que chegue a esse ponto. Naturalmente, isso é algo que foge ao nosso controle total, mas existem práticas de prevenção e detecção precoce do câncer de mama que podem prolongar a vida do seu pet. 

Uma delas é a palpação das mamas, que discutimos mais acima. Realizar o exame frequentemente é uma forma de monitorar a saúde das mamas, identificando de forma precoce qualquer sinal de problema. Embora isso não evite a doença em si, pode aumentar consideravelmente as chances de recuperação. 

Outro ponto é investir em uma alimentação de qualidade, já que a obesidade é uma das causas de formação de tumor nas mamas dos pets. A orientação de um médico veterinário é fundamental para encontrar a melhor dieta para cada pet. 

Castração como método preventivo

Se você já buscou sobre o assunto, provavelmente leu sobre a castração como método preventivo para o câncer de mama. A questão é quando esse procedimento deve ser realizado. Até um tempinho atrás, a recomendação geral era castrar entre o primeiro e o segundo cio, de modo a diminuir drasticamente a chance de desenvolvimento do tumor. 

Contudo, estudos mais recentes indicam que a castração, quando muito precoce, pode impactar outras áreas da saúde de alguns pets. Por exemplo, animais de grande porte, acima de 20 quilos, têm mais chance de desenvolver doenças osteoarticulares quando são castrados antes dos 18 meses. 

“Então, hoje a indicação para animais de pequeno porte é a castração após o primeiro cio. Já para animais de grande porte, ou seja, acima de 20 quilos, o ideal é esperar 18 a 24 meses.”

Dra. Paula Rodrigues, médica veterinária oncologista.

Também é muito importante evitar uso de vacinas anti-cio. Esse tipo de medicamento altera a produção hormonal do pet e aumenta os riscos de câncer de mama. 

A mastectomia em cadelas e gatas é a cirurgia que remove as mamas de forma total ou parcial para combater o câncer de mama. Realizar exames periódicos, tanto de palpação, quanto de imagem, é crucial para monitorar a saúde do pet, prevenir o tumor de mama e aumentar as chances de sucesso caso haja necessidade de tratamento cirúrgico. 

Prevenção também é carinho. Não espere o problema aparecer para agir: agende uma consulta preventiva no Pet Care!


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