Recolher as fezes do seu animal de estimação não é só uma atitude de higiene, mas de educação e cidadania.
As fezes dos nossos animais emporcalham as nossas ruas e praças e colocam em risco a nossa saúde e a saúde dos nossos animais. Muitos animais eliminam parasitas e/ou ovos de parasitas pelas fezes, além de bactérias. Essas fezes em exposição á condições adequadas de unidade e calor pode permitir a reinfecção dos próprios animais e não raramente do homem.
Os animais se reinfectam, lambendo ou cheirando o chão contaminado (calçadas, ruas e praças) ou muitas vezes lambendo o próprio pé ou pelo depois de um passeio. Esse mesmo animal pode contaminar a nossa casa, sofás e camas quando voltam dos passeios com os pés contaminados. As pessoas podem se contaminar pisando nas fezes ou principalmente crianças brincando em gramados, areias de parques ou mesmo com animais potencialmente contaminados.
As principais doenças transmitidas são o “bicho geográfico”, que se trata de uma larva de parasita intestinal em migração pela pele das pessoas, infecções intestinais por bactérias, infecções por giárdia, cistos erráticos de vermes intestinais em pulmões, olhos ou outros tecidos musculares do homem entre outros. As fezes do gato, quando não descartada adequadamente pode se tornar fonte de infecção da toxoplasmose, por contaminação direta ou através de contaminação de rios e mananciais que podem contaminar a água de irrigação de verduras e frutas ou mesmo contaminar a pastagem de animais cuja carne será destinada á alimentação humana. A toxoplasmose é particularmente grave em mulheres grávidas, levando a má formação do feto e alterações neurológicas irreversíveis.
O ato de recolher as fezes dos animais nos passeios deveria ser um ato reflexo, pensando na nossa saúde, na saúde de nossos animais e na limpeza e higiene de nossas cidades e vias públicas. É uma atitude de higiene, respeito, inteligência, cidadania e consciência ambiental.