Megaesôfago é uma condição na qual o esôfago está aumentado (mais largo que o normal) e torna-se incapaz de empurrar o alimento digerido para o estômago. O megaesôfago ocorre com menor freqüência em gatos e é mais comum em cães. Ele pode ser congênito (o animal nasce com essa alteração) ou adquirido (desenvolve depois de adulto e nesse caso pode estar relacionado a outras doenças). Pneumonia causada pela aspiração de alimento regurgitado é uma complicação freqüênte do megaesôfago. Enquanto esta condição pode aparecer subitamente em animais adultos, é muito comum em animais jovens logo após o desmame. É hereditário em Fox Terrier pêlo duro, Schnauzers miniatura e possivelmente outros.
Essa filhotinha de Schnauzer nos primeiros dias do desmame (em torno de 30 dias), quando iniciamos a papinha de desmame começou a ficar dispneica (com falta de ar) e regurgitar todo alimento. Ela foi atendida rapidamente e através do exame radiográfico e do exame de hemograma identificamos o aumento do calibre do esôfago e de hemograma com leucocitose, fechando assim o diagnóstico de MEGAESÔFAGO CONGÊNITO com possível pneumonia aspirativa.
O tratamento indicado foi de antibiótico devido ao início de pneumonia aspirativa, manejo alimentar com alimentação pastosa e em pé. Hoje o animal já está com 45 dias de idade, ainda regurgita, mas em menor frequencia e acreditamos que conforme for crescendo e se adaptando a comer em pé, o manejo será eficiente para ter um controle das regurgitações e das possíveis pneumonias.
Pontos importantes no diagnóstico e tratamento:
1. Rx contrastado (ESOFAGOGRAMA, utilizando-se contraste à base de bário) é freqüentemente necessário para diagnóstico desta condição.
2. Manejo alimentar com dieta pastosa ou líquida, colocando o comedouro e o bebedouro no nível dos olhos do animal ou mais acima, para que a gravidade permita ajudar o alimento e a água passarem para dentro do estômago. Normalmente fazemos isso colocando um “banquinho” com os pratos sobre ele e o animal come apoiado com as patas da frente nessa posição. Forcar o animal a permanecer nessa posição por no mínimo 5 minutos depois de se alimentar para auxiliar na passagem do alimento pelo esôfago.
3. Fracionar a alimentação em pequenas porções.
Como é uma condição que vai persistir por toda a vida o contato com o veterinário deve ser frequente e se observar regurgitações constantes ou alteração no padrão respiratório o animal deve então ser avaliado.
O contato com o veterinário deve ocorrer se:
– Se o animal continua regurgitando alimento e/ou água;
– Se o estado geral de saúde do seu animal piorar;
– Seu animal está com tosse ou tem dificuldade e/ou barulho para respirar.
Aqui no Hospital veterinário Pet Care o serviço de clínica médica está preparado para esse diagnóstico quer seja na pediatria ou em animais adultos. Com a avaliação clínica, serviço de radiologia e rx contrastado e apoio do laboratório com o exame de hemograma o diagnóstico pode ser dado logo após o atendimento.