Home / CÃES / Casos Clínicos / Emergência Endócrina: Cetoacidose Diabética

Rufus um gato macho, SRD com 12 anos e 8,5 kg, chegou semana passada com alterações neurológicas e foi atendido em emergência com o nosso neurologista.

Ele já vinha perdendo peso, comendo bastante, bebendo muita água e urinando muito. Nos últimos dias já não come mais e está bastante apático e prostrado, com alteração de estado mental e dificuldade para andar.

Depois de avaliação e exames descobrimos que ele é diabético e pelos valores mensurados de frotosamina, glicemia e corpos cetônicos ele foi diagnosticado com um quadro de cetoacidose diabética.

Ele esta internado desde ontem para controle da pressão, hidratação, glicemia, eletrólitos e diminuição dos corpos cetônicos. A expectativa é que com a fluidoterapia e controle da glicemia ele possa sair dessa condição e passar a ser tratado como um gato diabético.

CETOACIDOSE EM GATO DIABÉTICO


Agulha de Insulina

Cetoacidose diabética (DKA) é uma complicação potencialmente fatal de diabetes causada pela falta de insulina ou mesmo por uma dose muito baixa de insulina.

Quando isso acontece os níveis de açúcar no sangue permanecem altos e falta açúcar dentro das células. Na ausência de açúcar (glicose) dentro das células, o corpo começa a busca por fontes alternativas de energia e pode usar a gordura.

Quando a gordura é usada, alguns resíduos conhecidos como cetonas (também conhecido como corpos cetônicos) são produzidos e se acumulam, na corrente sangüínea. Isso faz com que o sangue se torne muito ácido (acidose), desencadeando o quadro conhecido como cetoacidose diabética.


Aplicando Insulina em Gatos

O corpo vai tentar se livrar dos corpos cetônicos, excretando-os para a urina, o que provoca aumento da produção de urina e aumento da sede.

O que causa cetoacidose em gatos?
– Diabetes não diagnosticada e consequentemente não tratada.
– Dose baixa de insulina
– Insulina mal aplicada
– Comida insuficiente
– Doenças e infecções, especialmente do trato urinário.
– Obesidade
– Estresse.
– Cirurgia (estresse cirúrgico)
– Idiopática (sem causa conhecida)

Quais são os sintomas da cetoacidose?
– Poliúria (produzir muita urina)
– Polidipsia (beber muita água) ou mesmo não beber água.
– Perda de apetite ou comer muito
– Perda de peso
– Desidratação
– Letargia (ficar muito sonolento e quieto)
– Cetonas na urina
– Vômitos
– Respiração diferente e ter cheiro “frutado” incomum, semelhante a acetona (usada como removedor de esmalte em unhas)
– Diarréia
– Coma

Como é tratada a cetoacidose?

O tratamento depende da gravidade da condição. Em casos graves, o tratamento inclui fluido (soro) intravenosos e correção de eletrólitos (sódio, potássio e cloretos) para tratar e corrigir a desidratação e desequilíbrio eletrolítico além de diminuir os níveis de glicose e corpos cetônicos no sangue.

Identificar a causa (como infecção) de cetoacidose e tratar essa condição é imprescindível para sucesso do tratamento. Esse período de tratamento intensivo e estabilização do animal pode demorar de 3 a 5 dias com monitorização regular da glicose, da bioquímica sérica e níveis de eletrólitos no sangue e de corpos cetônicos na urina.

Uma vez que o gato está estável (se alimentando, hidratado, com glicemia estável e sem vômito), o manejo adequado da insulina (podendo mudar a dose e mesmo o tipo de insulina) e da alimentação deve ser o objetivo principal para evitar recorrência do caso.

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