A maioria dos nossos pets não estão acostumados a interagir conosco o dia todo.
Eles estão habituados a uma determinada rotina na casa: saímos para trabalhar, crianças e jovens saem por um período para irem à escola, temos auxiliares em casa que nos ajudam a cuidar dos pets e que não estão vindo trabalhar por conta da quarentena etc.
Enfim, tudo mudou! E como isso afeta o futuro dos animais?
A alteração da rotina afeta muito nossos pets, agora e futuramente, por isso vamos dar algumas dicas e fazer considerações:
Cães e gatos estão acostumados com a nossa rotina e vários tutores já presenciaram problemas psicológicos neles, como por exemplo, quando a casa ganha um novo habitante (chegada de um bebê), quando um casal se separa, quando há troca de funcionários, quando mudamos de casa etc.
Os pets podem apresentar vários sintomas que vão desde inapetência até a automutilação (lambendo muito uma região do corpo) ou mesmo fazendo as necessidades em local errado, demonstrando agressividade e ou medo excessivo.
Pets precisam ter o seu próprio espaço, ficarem tranquilos e sozinhos por alguns períodos do dia, principalmente na hora de se alimentarem e descansarem.
Agora que estamos o tempo todo com eles, e isso mudou MUITO a rotina da casa, consequentemente a deles, quais são as consequências dessas mudanças para nossos pets no futuro? O problema vai ocorrer no final da quarentena, quando voltarmos a ter a nossa rotina normal. E como ficam eles? Deprimidos, com certeza, pois se acostumaram a ficar o tempo todo conosco.
Como fazer para minimizar o dano psicológico após a quarentena?
• Manter os passeios diários, mesmo que mais curtos, mas com a mesma frequência. Na volta do passeio não esqueça de higienizar com água e sabão neutro as patinhas.
• Nas 3 vezes que os alimentamos por dia, deixá-los sozinhos no cantinho deles por 1 hora pelo menos.
• Aconselhamos aos tutores que dormem com os animais no quarto, que deixem seus pets dormirem sozinhos no espaço deles.
• Para lares que tenham crianças pequenas, aconselhamos que tenham somente alguns momentos de interação com o pet, pois crianças muitas vezes tem mais energia que o animal e ele pode acabar desenvolvendo sinais de agressividade contra criança ou com outras pessoas.
Cães muito dependentes da companhia de tutores desenvolvem a SÍNDROME DE AUSÊNCIA DO DONO e os sinais clínicos são: automutilação, destruição de objetos e excesso de latido quando ficam sozinhos em casa. Estes pets acabam sofrendo muito, e por vezes o tratamento com medicações psicotrópicas se faz necessário, mas não é garantido que funcione.
Aconselhamos que durante o período de quarentena o tutor avalie o quanto a rotina da casa foi alterada e respeite sempre o espaço dos cães e gatos, para que eles tenham momentos a sós e não sofram quando voltarmos a nossa rotina normal.