A incontinência urinária é uma condição até comum em cães e na espécie humana, mas raramente descrita em gatos ou outras espécies.Normalmente, ele ocorre no sexo feminino, podendo ser mais comum nas fêmeas castradas. Nas mulheres pode estar relacionada ao período pós menopausa. Cães machos também podem ter incontinência, mas é menos freqüente que nas fêmeas.
Esta condição é caracterizada pelo descontrole do cão sobre a capacidade de reter a urina. Normalmente, uma “mancha molhada” é observada onde o cão está dormindo, ou então você percebe o seu cão molhado, principalmente quando está deitado ou dormindo.
Isso acontece quando o cão relaxa para dormir, pois o músculo do esfíncter da bexiga, que controla a micção si, também relaxa. Este é o mesmo músculo que no homem controla o jato da urina. Quando este músculo relaxa muito, a urina vaza para fora da bexiga.
Alguns cães afetados podem perder a urina até andando ou em pé, mas é mais comum quando estão deitados e relaxados.
A razão por trás da incontinência em cães esterilizados ou castrados, é devido à falta de hormônio estrogênio (feminino) ou hormônio testosterona (masculino). Na cadela, o hormônio estrogênio é responsável por manter o músculo do esfíncter da bexiga fechado. Quando o animal é castrado esse músculo que controla a saída da urina pode ficar mais relaxado do que o normal e então o animal perde a urina dormindo.
Além dos ovários, as glândulas adrenais (supra renais) também produzem o hormônio estrógeno e essa pequena quantidade produzida por essas glândulas pode ser suficiente para o controle da urina, na grande maioria das cadelas. Em outras isso não acontece. O mesmo acontece com os machos e a produção de testosterona.
Essa é somente uma das causas da incontinência nos cães. Existem várias outras que devem ser descartadas antes de considerar que essa incontinência é de causa hormonal. Se a causa for realmente hormonal, isso pode ser corrigido suplementando esses pacientes com hormônios.
O uso de hormônio deve ser controlado rigorosamente, pois tem efeitos colaterais levando a anemia e podendo ter ação direta no desenvolvimento de tumores.