1 – O que é diabetes mellitus?
Diabetes mellitus é uma doença causada pela ausência da ação da insulina, o que torna o gato incapaz de usar a glicose como fonte de energia. Isso aumenta a fraqueza, fome, sede e frequência de micção – o gato passa a urinar muito mais vezes do que o normal e geralmente tem uma urina muito clara. Com o passar do tempo, o animal perde muito peso, mesmo comendo muito.
2 – Como meu gato pegou essa doença?
Diabetes em gatos, assim como o diabetes tipo 2 em humanos, geralmente está associado a genética, excesso de peso corporal e um estilo de vida sedentário. Acredita-se que, inicialmente, o corpo do gato se torna resistente aos efeitos da insulina e depois perde completamente a capacidade de produzi-la.
3 – Como se trata a Diabetes em gatos?
A maioria dos gatos é tratada com duas injeções de insulina por dia e um controle rigoroso da dieta com baixa quantidade de carboidrato e alta quantidade de proteína, o que também auxilia na manutenção do peso.
4 – Quanto tempo dura o tratamento?
A maioria dos gatos diabéticos necessita de tratamento baseado no controle da dieta e aplicação de insulina durante toda a vida. Embora o diagnóstico e o manejo precoce com o tratamento correto proporcionem maior chance de reverter a diabetes (chamado de “remissão da diabetes”), um paciente que não tenha entrado em remissão do diabetes com 6 a 10 meses de diagnóstico e tratamento provavelmente vai precisar ser medicado por toda a vida.
5 – Como eu monitoro a saúde do meu gato diabético?
Inicialmente, os gatos diabéticos precisam de visitas veterinárias regularmente até estabilizar a dose de insulina e o peso do animal. A observação do seu gato diabético pelo veterinário, em conjunto com exames de sangue (por exemplo: níveis de frutosamina, curvas glicêmicas) e controle do peso, ajudam a assegurar um tratamento mais efetivo. Assim, no início do tratamento, as visitam devem ser frequentes, mas uma vez estabilizado, o dono observador e cuidadoso vai controlar a doença com visitas a cada 4 a 6 meses para a maioria dos gatos. É muito importante controlar o peso e a dieta, além de fazer as aplicações de insulina sempre nos mesmos horários.
6 – O diabetes predispõe o meu gato a outros tipos de problemas de saúde?
Pacientes diabéticos têm um sistema imune suprimido e podem desenvolver infecções secundárias facilmente (é muito comum infecções de urina nos gatos diabéticos). Eles também têm uma alta incidência de inflamações no pâncreas, o que causa problemas gastrointestinais (vômitos, diarreia, perda de apetite e muita dor) e alteração do controle da glicemia. A monitorização veterinária rotineira ajuda a identificar precocemente os problemas, minimizando seu impacto.
7 – Eu preciso mudar os cuidados com meu gato?
– Os animais diabéticos são predispostos à desidratação e sempre devem ter acesso à água fresca e limpa a vontade.
– Os horários das injeções de insulina devem ser regulares para evitar mudanças na rotina do gato. Situações de estresse podem aumentar a glicemia dos gatos.
– Da mesma forma, os horários e conteúdo das refeições devem ser consistentes, e pequenas porções de alimento devem estar disponíveis o tempo todo.
– Toda gata diabética deve ser castrada, pois os hormônios interferem no controle das glicemias.
– Altas taxas de glicose no sangue (isto é, hiperglicemia), raramente são perigosas para a vida do gato a curto prazo, mas o contrário, ou seja, baixas doses de açúcar (isto é, hipoglicemia) é uma situação de emergência e, muitas vezes, coloca o gato em risco de vida. Por isso, é muito importante monitorar possíveis sinais de hipoglicemia, como fraqueza, tremores, espasmos, colapso e convulsões e se isso acontecer procure imediatamente o auxílio veterinário.