Essa semana atendemos um filhote de Labrador que chegou ao hospital depois de ter destruído um vaso de Azaleias que a dona havia ganho de presente.
Ele já estava apresentando alguns sinais clássicos de intoxicação como salivação, tremores e vômitos. Acabou sendo internado para o controle desses sinais além da monitorização de possíveis arritmias cardíacas, o que não aconteceu. Provavelmente a quantidade ingerida foi pequena e não causou essa alteração mais grave.
Apesar de muito bonita e bastante comum na maioria das casas em vasos ou jardins, a planta Azaleia pode causar sérias intoxicações em cães e gatos. Muito mais comum em cães, geralmente filhotes, que por curiosidade acabam mastigando as flores e as folhas.
O nível de toxicidade é de moderado a grave e depende do tamanho do animal e da quantidade ingerida.
Os sinais clínicos mais comuns encontrados são:
– Salivação intensa (babando muito);
– Vômitos;
– Diarreia;
– Perda de apetite;
– Dor abdominal (na barriga);
– Arritmia cardíaca;
– Queda de pressão (hipotensão);
– Fraqueza;
– Tremores;
– Cegueira;
– Convulsões.
A Azaleia é uma planta da família de Rododendro. Existem mais de 1.000 espécies de rododendros e a Azaleia é a mais conhecida e difundida. Estas plantas contêm a substância grayanotoxina que afetam a função dos músculos esqueléticos e cardíacos (do coração). Todas as partes da planta são consideradas tóxicas e a ingestão de uma quantidade correspondente a 0,2% do peso do corpo de um animal pode resultar em envenenamento. Quando ingeridos, os sinais clínicos mais comuns são os gastrointestinais, cardiovasculares e do sistema nervoso central.
O tratamento é sintomático para o controle dos sinais clínicos apresentados como vômitos e diarreia além de monitorar as possíveis arritmias.