Por volta do quarto ao sexto mês de idade todo filhote de cão e gato irá realizar a troca dos dentes. Eles irão trocar os dentes decíduos pelos dentes permanentes. Os dentes decíduos são dentes finos e pontiagudos e de aspecto frágil, porém machucam com mais facilidade quando os filhotes mordem nas suas brincadeiras. Os dentes permanentes são dentes maiores e mais brilhantes e serão os dentes definitivos por toda a vida do animal, e por esse motivo requerem cuidados de conservação e manutenção adequados.
Durante essa fase de troca de dentes o animal pode ficar seletivo para os alimentos ou mesmo inapetente pelo desconforto causado pela erupção dos novos dentes. Nessa fase é normal a presença de mau hálito e eventual sangramento gengival, todas alterações sem significado clínico relevante, já que são temporárias.
Normalmente não observamos os dentes trocados porque o animal irá engoli-los durante a mastigação dos alimentos, mas eventualmente poderemos encontrar alguns deles caídos pelo chão da casa.
Alguns animais não efetuam a troca totalmente, quando então observamos a presença de dentição dupla, principalmente nos caninos superiores e inferiores, nos incisivos (mais raramente) ou ambos. Essa condição é normalmente observada em animais de pequeno porte e pode favorecer o acúmulo de restos alimentares, e conseqüentemente cálculo dentário (tártaro) e mau hálito. A pior conseqüência da dentição dupla é o desvio de mordedura que deverá ser corrigida com a extração dos dentes decíduos o quanto antes para evitar que o desvio se acentue ou perpetue.
É aconselhado mesmo antes da troca dos dentes decíduos, condicionar o seu animal (principalmente os cães) a escovação periódica dos dentes, evitando o acúmulo de cálculo dentário (tártaro), e a perda precoce dos dentes. Para maiores informações consulte na “seção dicas” sobre saúde na petcare.com.br ou ainda a página www.petdental.com, lembrando-se que cães e gatos também precisam de cuidados dentários.