A adaptação dos nossos pets a nossa vida e ao dia a dia inclui também a adaptação a nossa casa e ao espaço que temos disponível. Se antigamente a grande maioria dos animais estavam fadados a viver em quintais, muitas vezes soltos e com livre acesso a rua, hoje isso não mais acontece.
Para aqueles que vivem em quintais, a rua se tornou há muito tempo algo proibido ou pelo menos não recomendado, principalmente desacompanhados. Por isso temos que pensar em jardins e muros que impeçam o livre acesso a rua. Raças mais ativas como o Border Collie podem saltar muros de mais de 1,5 metros de altura facilmente.
Para aqueles confinados em apartamentos, a mudança de hábitos se torna muito mais evidente. Restrição de espaço, solidão, inatividade física e muitas vezes aprender a fazer as necessidades dentro de casa ou em momentos pré-estabelecidos (durante os passeios) é hoje a realidade da grande maioria dos animais domésticos.
Pensando nisso, não podemos nos esquecer dos pets na execução do projeto arquitetônico ou pensar neles no momento de construir ou reformar uma residência. Isso pode definir de forma contundente a qualidade de vida dos nossos melhores amigos.
Mesmo quando formos comprar um imóvel já pronto, muitas vezes temos que observar pequenos detalhes para uma vida mais segura e saudável dos nossos amigos.
Seguem aqui algumas sugestões de avaliações antes de construir ou comprar uma casa:
– Evitar escadas ou desníveis por onde o animal ficará a maior parte do tempo.
– Cuidados com isolamento das piscinas e lagos, pensando em portões ou espaços delimitados onde se possa impedir o animal de ter livre acesso a essas áreas.
– Piscinas com escadas de alvenaria ou por onde o animal possa entrar e sair sem a ajuda dos donos.
– Mezaninos e escadas com guarda corpo, protegendo ou impedindo as quedas de animais, principalmente as raças pequenas.
– Grades e/ou telas em janelas, sacadas e varandas, principalmente no caso de gatos.
– Evitar pisos lisos ou escorregadios nas áreas onde o animal ficar a maior parte do tempo.
– Pensar onde será o “banheiro” dos animais, com piso frio, de fácil limpeza, presença de ralo e uma fonte de água para higienização.
– Cuidado com portas de vidros, pois muitos animais não a enxergam e acabam trombando nelas.
– Cuidado nas escolhas de plantas e paisagismo. Existe uma infinidade de plantas tóxicas ou mesmo de adubos tóxicos para cães e gatos.
– Cuidado com tomadas e fios soltos ao alcance de cães e gatos, principalmente filhotes.
– Área destinada aos cães maiores como canis, casinhas, lugar para banho etc.
Sabemos que muitas vezes isso tudo não é possível, mas um planejamento prévio e escolha de material e projetos adequados podem ser decisivos na segurança do seu animal e na qualidade de vida dele, principalmente quando ele ficar idoso e tiver restrições de mobilidade.