Ontem atendemos a Filomena, uma curiosa gata SRD que caiu do 3º andar de um apartamento sem telas. Ela já explorava as sacadas pulando inclusive de uma sacada para outra. Ela foi encontrada no chão (não viram como caiu), chegou alerta, em bom estado geral com sangramento nasal e um leve hematoma no nariz.
Foi atendida, examinada, radiografada e constatamos somente o sangramento nasal, fratura de duas unhas das patas traseiras e pneumotórax. Ficou em observação para tratamento e controle radiografico e de ultra som e hoje já vai para casa. A sorte dela é que caiu do 3º andar e foi prontamente atendida.
A foto do RX mostra o pneumotorax (seta branca) onde se vê uma mancha mais escura na ponta do pulmão.
SÍNDROME DO GATO VOADOR:
Para um gato, uma janela pode parecer um caminho para a liberdade ou mesmo um ambiente a ser explorado, mas para muitos, pode levar a graves lesões e mesmo a morte, dependendo da altura que cair. Aqui em São Paulo e notadamente no Pet Care atendemos pelo menos um gato a cada 15 dias.
O ditado a “curiosidade matou o gato” pode justificar essa grande incidência do que chamamos de “síndrome do gato voador”. Uma borboleta, uma mosca, um passarinho ou simplesmente a curiosidade leva a maioria dos gatos para as janelas, sacadas e parapeitos e dai para a queda é apenas uma questão de tempo ou mesmo centímetros.
Existem relatos de casos de quedas desde o segundo andar até o 32º andar, com um taxa de sobrevivência maior que 90%. Para surpresa de todos, os gatos que caem de uma altura maior que 6 andares tem maiores chances de sobrevida e de menores traumas. Uma teoria é que os gatos atingem a velocidade terminal e se estabilizan em tono do 5º andar, e neste momento eles relaxam, permitindo uma força mais distribuída de impacto e lesões menos graves.
Até a altura do 5º andar os animais estão mais rígidos e flexionados se preparando para o pouso. Isso resulta em maior força de impacto.