É uma doença que o ocorre geralmente nas cadelas, mas pode acometer gatas e ocorre devido a uma disfunção hormonal principalmente após o cio (período fértil) por uma mudança hormonal.
Esse é um problema bem comum na nossa rotina hospitalar, pois ocorre em cerca de 50% das cadelas não castradas e existem grandes chances de recidivas.
Aproximadamente 2 meses após o cio, mesmo sem a fêmea ter cruzado, ela começa a apresentar sintomas de gestação como, por exemplo: fazer ninho, ficar agressiva, parar de se alimentar, aumento no volume das mamas e produção de leite, o animal começa a fazer objetos inanimados de filhote como chinelo, brinquedos, meias, sapatos e até outros animais da casa.
Não existe uma regra, qualquer fêmea não castrada pode apresentar pseudociese, até fêmeas que já gestaram podem desenvolver a gravidez psicológica.
Os sintomas variam de animal para animal. De forma geral, a fêmea apresenta os mesmos sintomas maternais típicos da gestação verdadeira, a agressão maternal é mais comum nas fêmeas que não possuem filhotes do que nas que acabaram de parir.
Para tratar, o ideal é que o animal seja levado ao veterinário para uma avaliação, pois a pseudociese predispõe a piometra (infecção no útero) e/ou mastite (infecção da glândula mamária).
Existem medicamentos específicos para tratar os sintomas, mas a necessidade ou não de usá-los só poderá ser avaliada pelo médico veterinário. Em alguns casos, permitir que a cadela fique com os objetos que foram adotados como “filhotes” pode piorar o problema e estimular a produção de leite.
É preciso analisar cada situação com cuidado. Outro problema freqüente é a fêmea auto estimular a produção de leite lambendo as próprias tetas. Além disso, os animais acometidos por pseudociese tem maior predisposição à apresentar tumores mamários.
Lembrando que o problema é um distúrbio hormonal, a única forma de prevenção é a castração, pois só assim retira-se a fonte causadora do problema.