Home / CÃES / Casos Clínicos / Meu “gato gordo” parou de comer. É grave?

Se um gato para de comer, boa coisa não é, principalmente se ele for gordo.

Primeiro temos que descobrir o motivo dele ter parado de comer: se o gato tem alguma doença sistêmica associada, se tem dor de dentes (LORF), se está estressado (ficou sozinho, mudou de casa, entrou outro animal na casa etc.) ou simplesmente enjoou da comida.

Quando o gato obeso para de comer, ele usa a gordura acumulada no corpo como fonte de energia. Essa gordura acaba se infiltrando no fígado, desenvolvendo uma grave doença hepática chamada LIPIDOSE HEPÁTICA. Assim, além de descobrir e tratar o que está fazendo com que o animal pare de comer, temos que fazer com que ele coma imediatamente – e uma das opções para isso é colocar um tubo esofágico ou gástrico para forçar a alimentação.

Alimentação por sonda em gatos:

Alimentação por sonda é uma forma alternativa de fornecimento de alimentação a um gato que sofre de anorexia ou tem alguma condição anatômica ou cirúrgica que o impede de comer normalmente.

Por que o tubo de alimentação é necessário?

O gato que não quer comer por conta própria pode ser um fator crítico para a recuperação de qualquer doença: “a desnutrição leva a uma diminuição da capacidade de combater infecções ou de se recuperar adequadamente…”. Para complicar mais ainda, os gatos que não comem por apenas quarenta e oito horas podem desenvolver uma forma potencialmente fatal do mau funcionamento do fígado conhecida como lipidose hepática.

O que posso fazer para ele voltar a comer espontaneamente?

Falta de apetite é um sintoma comum em gatos. Às vezes, simplesmente a mudança do tipo de alimento, a mudança de rotina ou do local de alimentação irá desencadear anorexia em gatos. Se o gato está comendo menos do que o normal, podemos fazer algumas coisas para incentivá-lo a comer:

– Aquecer ligeiramente o alimento para liberar odores e ficar mais palatável.

– Oferecer pequenas porções de comida altamente palatável (a maioria dos gatos vai preferir os alimentos que são ricos em proteína e gordura como rações em latas e/ou úmidas).

– Tentar alimentação manual, colocando pedaços pequenos de alimentos na boca do gato, sem forçar.

– Se certificar de que a área de alimentação seja tranquila, confortável e segura.

Forçar a alimentação, muitas vezes pode aumentar a aversão ao alimento e pode realmente prolongar o tempo que o gato fica sem comer. Se um gato se recusou a se alimentar espontaneamente por mais de dois dias, você deve consultar o seu veterinário imediatamente. NÃO ESPERE. Nos gatos que se recusam a comer, a alimentação forçada é contraproducente.

Não só é desagradável para o gato como também existe um risco muito maior do gato aspirar alimentos pela traqueia e ter problemas respiratórios. Além disso, a alimentação forçada pode aumentar a aversão ao alimento e prolongar o tempo em que o gato fique sem comer.

O que vai acontecer se eu sou incapaz de fazer o meu gato comer?

Após dois a três dias sem comer, o organismo do gato começa a mobilizar a energia acumulada em forma de gordura, levando a um infiltrado gorduroso no fígado, comprometendo a função hepática. Com o passar do tempo, pode desenvolver uma falência hepática e ter complicações seríssimas de saúde.

Nessa hora o animal deverá receber alimento através de sondas direto no esôfago e/ou estômago. Os tipos mais comuns de tubos de alimentação são:

– Sonda naso gástrica ou naso esofágico (passa pelo nariz em direção ao esôfago ou estômago)

– Sonda esofágica (entra direto no esôfago)

– Sonda gástrica (entra direto no estômago).

O seu veterinário é quem vai definir o tipo de sonda mais adequado ao tamanho do seu animal e que seja mais fácil de usar, pois normalmente essa sonda ficará fixa por um período longo até que o animal volte a se alimentar sozinho.

Muitas vezes o animal fica alguns dias internado depois de colocado a sonda, mas depois deve ir para casa e o proprietário é quem vai colocar a comida nessa sonda.

Retornos são indicados para avaliar a viabilidade da sonda e o animal deve ficar o tempo todo de colar protetor para não arrancar a sonda e causar um acidente.

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