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O QUE É?

Hipotireoidismo é uma doença clínica causada pela deficiência dos hormônios produzidos pela tireoide. Os hormônios tireoideanos, tiroxina (T4) e triidotironina (T3), são produzidos pela glândula tireóide, que fica localizada no pescoço, em ambos os lados da traquéia. Os hormônios tireoideanos influenciam o metabolismo da maioria dos órgãos do corpo.

A deficiência desses hormônios leva a uma diminuição da taxa metabólica, o que causa uma grande variedade de sintomas. “Diminuição da taxa metabólica” significa que a velocidade com que as células funcionam ou “trabalham” está diminuída. Por exemplo, a frequência cardíaca diminui, a função mental reduz, e a temperatura do corpo cai.

CAUSAS

A diminuição da secreção dos hormônios tireoideanos pode ocorrer por inflamação (tireoidite) ou por atrofia da glândula. Em raros casos, tumores tireoideanos podem causar hipotireoidismo.

PREDISPOSIÇÃO

O hipotireoidismo é uma doença comum em cães, raríssimo em gatos. Entre as raças predispostas a desenvolver hipotireoidismo temos o Labrador, Golden Retriever, Beagle, Doberman, Setter Irlandês, Dachshund, Cocker Spaniel, Poodle e Boxer, mas qualquer raça pode ser acometida.

Geralmente os cães desenvolvem a doença durante a meia-idade (4 a 10 anos).

SINTOMAS

Os sintomas mais comuns do hipotireoidismo são intolerância ao frio (quando os cães ficam com frio facilmente, sempre procurando se aquecer ao Sol ou nas cobertas), letargia (estão sempre com sono, dormem muito e andam lentamente), e uma variedade de alterações da pele e dos pelos.

As alterações de pele mais comuns são perda de pelos (principalmente no tronco e na cauda – a cauda fica parecida como uma “cauda de rato”), mudanças na cor e qualidade do pelame, e predisposição a infecções cutâneas.

Cerca de 30% dos cães com hipotireoidismo apresentam ganho de peso em excesso, mesmo que não se alimentem muito, já que o metabolismo está diminuído.

Outro sintoma comum é o mixedema, isto é, acúmulo de uma substância chamada mucina na pele da face, que deixa a face do cão como se estivesse “inchada”, cheia de “pregas”.

Sintomas menos comuns incluem alterações reprodutivas (diminuição da fertilidade) e neurológicas.

DIAGNÓSTICO

Alguns exames complementares são necessários para descartar a ocorrência de outras doenças e para averiguar as consequências do hipotireoidismo como anemia, aumento de colesterol e triglicérides.

O diagnóstico definitivo de hipotireoidismo é feito dosando a concentração dos hormônios tireoideanos no sangue. Existem métodos específicos de dosagem desses hormônios que aumentam a sensibilidade do exame.

Se as concentrações desses hormônios estiverem baixas, outros testes podem ser realizados para determinar se a diminuição é por problema na tireoide ou por outras doenças ou medicamentos. Esses testes adicionais podem incluir dosagem de outros hormônios como o hormônio tireoide-estimulante (TSH) e dosagem de anticorpos “antitireoide”.

Outras doenças devem ser descartadas, pois no caso do cão possuir outra enfermidade os hormônios da tireoide também estarão diminuídos no sangue sem que o animal possua hipotireoidismo.

TRATAMENTO

Felizmente, hipotireoidismo é uma doença facilmente tratável. O tratamento envolve medicação oral uma ou duas vezes por dia com hormônio tireoideano produzido em laboratório (tiroxina).
Após algumas semanas do início do tratamento os proprietários observam uma melhora significativa dos sintomas. Um aumento do nível de atividades usualmente é observado. Geralmente demora mais para as alterações de pele melhorarem, mas isto  deve ser observado em 6 a 8 semanas.

Para se estabelecer a dose apropriada de suplementação com hormônio tireoideano é recomendado dosar um dos hormônios tireoideanos (T4) cerca de um a dois meses após iniciar o tratamento. Os resultados desse exame são usados para ajustar a dose da suplementação hormonal. Depois disso, usualmente é necessário dosar as concentrações de hormônios tireoideanos esporadicamente.

Cães com hipotireoidismo frequentemente levam uma vida saudável e praticamente sem sintomas, desde que o diagnóstico seja feito corretamente e o tratamento seja adequado.

 

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