O chocolate é altamente palatável e muito atraente aos cães, porém alguns de seus componentes como a metilxantina (teobromina e cafeína) podem intoxicá-los.
Como a quantidade de teobromina varia de acordo com o tipo de chocolate, a intoxicação vai depender da quantidade ingerida. O perigo maior é em chocolates com alto teor de cacau, quando a quantidade de teobromina (menos presença de cacau) for baixa, o perigo são as gorduras que levará certamente a um quadro de vômito e diarreia.
Outra particularidade da teobromina é a sua meia vida, ou seja, o tempo que fica agindo no sangue do animal. Podendo ficar no organismo do cão por até 6 dias.
A intoxicação causa: excitação, pressão alta, arritmias, tremores, animal fica ofegante e até convulsiona.
O animal pode começar a apresentar: vômito, diarreia, passa a beber muita água, febre, hemorragia que podem ser letais se não tratados a tempo.
Infelizmente não existe antídoto para a intoxicação com teobrominas e então o tratamento deve ser de suporte para os sintomas apresentados. Trata-se de uma emergência médica e a intervenção do Médico Veterinário se faz necessária e na maioria dos casos a internação é recomendada. Se a ingestão for recente (até 3 horas), a indução ao vômito deve ser instituída.
Como o chocolate por sua constituição gordurosa, tende a ficar “grudado” na mucosa gástrica, a lavagem gástrica pode ser feita, principalmente se a indução ao vomito não for satisfatória ou se já fizer mais tempo de ingestão. Deve receber soro na veia para reidratar e fazer a correção de eletrólitos. As convulsões e arritmias devem ser monitoradas e o uso de carvão ativado pode diminuir a absorção das teobrominas, diminuindo a sua meia vida.