Texto extraído de Mundo Animal (Veja Rio)
Veterinário esclarece dúvidas sobre a doença. Conheça também uma terapia a laser para animais e os malefícios do chocolate para os bichos
Os riscos do diabetes
O cão está bebendo mais água que o normal? Fique alerta! Isso pode ser indício de diabetes. Sim, a doença não atinge apenas o homem, mas também ataca cachorros de diversas raças (como poodle, pastor-alemão, labrador, além de outras), geralmente entre 5 e 15 anos, causando até a perda da visão em casos mais avançados. “A cegueira ocorre devido ao desenvolvimento da catarata, que só pode ser retirada com cirurgia”, diz o veterinário Éric Vieira. O diabetes pode ser genético ou surgir em decorrência de infecções e má alimentação. O diagnóstico é feito através de exames de sangue e urina, e o tratamento (como aplicação diária de insulina) deve ser indicado pelo médico.
Terapia a lazer
O método é indicado para aliviar dores, lesões articulares como artrites e artroses, feridas na pele e até para resolver problemas odontológicos. Com todas essas promessas, o tratamento a laser está sendo cada vez mais usado em animais. A explicação é simples: de acordo com o veterinário Octávio Lisboa, especialista em aves e animais silvestres, a laserterapia tem efeito analgésico, antiinflamatório e cicatrizante, já que aumenta a vascularização e o metabolismo celular. O número de sessões depende do caso. “Quando o animal apresenta lesões crônicas, como artrite ou artrose, ele pode precisar de até quinze sessões”, diz Lisboa. Apesar de a técnica poder ser usada em todos os bichos, há contraindicações. “A principal delas está relacionada aos tumores, porque o laser tem a função de acelerar o metabolismo e poderia estimular o desenvolvimento dessas células”, explica.
Nem um pedacinho
Se você não resiste àquele olhar pidão quando ele vê algo para comer, seja forte. Principalmente na Páscoa. Nada de dar pedacinhos de ovo de chocolate para gatos e cães. “O chocolate contém uma substância chamada teobromina, que estimula o sistema nervoso e o fluxo sanguíneo, e pode prejudicar pulmões, rins e causar parada cardíaca e convulsões”, explica a veterinária Andressa Felísbino, da DrogaVet. Nos cachorros, a reação varia de elevação da temperatura a vômito e diarreia. Nos gatos, os efeitos podem ser mais graves e levar à morte. O maior problema é que os sintomas não aparecem rapidamente. “Eles demoram de seis a doze horas, o que aumenta o risco à saúde”, afirma Andressa.