Conhecida também como “torção gástrica”, “inchaço estomacal”, “torção do estômago” ou “estômago virado”, a dilatação do estômago pode ter consequências trágicas e levar o animal à morte em períodos rápidos que variam de 2 a 3 horas. A causa dessa condição é desconhecida.
O estômago dilata devido ao rápido acúmulo de gás. O estômago distendido pressiona o tórax, dificultando a respiração do cão e comprime grandes veias no abdômen, impedindo que o sangue retorne ao coração. A dificuldade respiratória e o fluxo sanguíneo pobre levam a um colapso e causam a morte se o tratamento não for iniciado rapidamente.
O tratamento para torção gástrica é bem sucedido em até 70% dos casos se o dono reconhecer os sinais da doença rapidamente. O sinal mais importante é a distensão abdominal. Se o abdômen se tornar firme como um tambor, o diagnóstico é quase certo. Outros sinais incluem perda de apetite, ânsia de vômito, dor abdominal, desconforto e colapsos.
O tratamento começa com fluidos intravenosos rápidos e descompressão do estômago dilatado. Drogas podem ser necessárias, incluindo antibióticos e analgésicos. Assim que possível, o animal é anestesiado e operado para colocar o estômago na sua posição normal e o cirurgião sutura o estômago na parede abdominal na tentativa de evitar nova torção do estômago distendido. Sem esse procedimento, a chance de recidiva da torção chega a 80%. Se a cirurgia revelar grandes áreas de morte no tecido estomacal, a chance do cão sobreviver no período pós-operatório é muito baixa.
O período pós-operatório é cheio de riscos para o cão com torção. Batimentos cardíacos anormais são comuns nesse período, bem como problemas que ameaçam a vida, como úlceras severas e perfurações no estômago e intestinos, lesão do pâncreas e fígado e infecções. Por essa razão, cães usualmente ficam internados no hospital por alguns dias após a cirurgia.
A prevenção da torção gástrica é difícil, pois a causa – ou as causas – da doença é desconhecida. Entretanto, existem alguns fatores de riscos que predispõem um cão a ter torção. Conhecer esses fatores de risco é importante e diminui a chance da doença ocorrer, principalmente se você possui um cão grande de tórax fundo, como Dog Alemão, São Bernardo, Weimaraner, Setter, Doberman e Pastor Alemão, porém a dilatação do estômago pode acontecer em qualquer raça. Outros fatores de risco incluem comer apenas uma vez ao dia, isso leva a um maior tamanho estomacal, comer rápido e temperamento agitado. Também é recomendável evitar exercitar o cão com seu estômago cheio.
Caso seu animal apresente alguns desses sinais, você deve levá-lo ao atendimento veterinário imediatamente. Todas as unidades do Pet Care possuem estrutura e veterinários disponíveis para atender casos de dilatação gástrica.