O excesso de peso em cães e gatos é um problema cada vez mais frequente no dia a dia do consultório veterinário. Conheça os perigos da obesidade em pets:
A obesidade em pets ocorre quando o pet consome mais alimentos que o necessário e não há perda calórica por meio de exercícios, como passeios e brincadeiras, causando um acúmulo grande de gordura.
A obesidade em cães e gatos deve ser tratada logo no início, pois ela pode desencadear inúmeros problemas, tais como dores articulares, sobrecarga nas articulações, doenças metabólicas – como resistência a insulina que leva à diabetes -, aumento de gordura no sangue, com triglicérides e colesterol, causando problemas como hipertensão.
Outras complicações da obesidade em pets são as doenças no fígado e piora da respiração em animais mais velhos, geralmente de pequeno porte como poodles , yorkshires e maltes, ou mesmo outros como pug, buldogues e buldogue francês.
Estudos indicam que animais com cerca de 15% abaixo do peso médio vivem mais que os animais obesos. De acordo com uma pesquisa recente realizada pela Mars Petcare, 59% dos cães e 52% dos gatos no mundo sofrem com o sobrepeso.
O que provoca a obesidade em cães e gatos?
Acredita-se que o aumento da incidência esteja relacionada com o crescente estilo de vida acelerado das pessoas, onde predomina o sedentarismo e uma dieta desequilibrada, o que acaba refletindo em seus pets.
Fatores genéticos e doenças crônicas
Além disso, existem fatores genéticos para a obesidade em pets, como predisposição racial, castração precoce e doenças endócrinas como hipotireoidismo e hiperadrenocorticismo. Também existem fatores externos que contribuem, como o consumo excessivo de petiscos e, na grande maioria, a falta de exercício é um fator preponderante..
Raças de cães predisposição à obesidade
Algumas raças de cães predispostas à obesidade são: labradores, dachshund, beagles, boxers, cockers spaniels e basset hounds.
Raças de gatos predispostos à obesidade
Os gatos da raça Manx e os mestiços têm duas vezes mais chances de desenvolver obesidade.
Como posso identificar a obesidade no meu pet?
Além do excesso de gordura, existem alguns outros sinais que podem ser notados em animais obesos, são eles: dificuldade para se levantar ou se locomover, dificuldade de respirar e a diminuição da higiene diária dos gatos e desinteresse em brincadeiras.
Para um diagnóstico adequado e excluir possíveis doenças associadas à obesidade, o recomendado é procurar um hospital veterinário.
Uma das ferramentas utilizadas para auxílio no diagnóstico é o escore de condição corporal (ECC), que utiliza a inspeção e palpação direta do paciente classificando-os em escalas numéricas, ela varia de caquético (ECC=1) a severamente obeso (ECC=9), sendo a pontuação 5 considerada a ideal.
Exames complementares, como exames de sangue veterinário e de imagem, são importantes para identificação das alterações ligadas e decorrentes do excesso de peso, como doenças respiratórias, diabetes, osteoartrites e gordura elevada na circulação.
Como é o tratamento contra obesidade em pets?
O tratamento começa com um programa de emagrecimento formulado pelo médico veterinário, que inclui alimentação equilibrada e individualizada para o seu pet e exercícios físicos regulares.
Caminhadas ou corridas de pequena duração para os cães podem ser suficientes. No caso dos felinos é necessário estimular brincadeiras com varinhas e outros brinquedos.
O uso de esteira aquática poderá auxiliar no emagrecimento, fortalecimento da musculatura e aumento da mobilidade. O programa também inclui a constatação das doenças associadas, conscientização dos tutores e monitorização periódica do paciente.
Por fim, o mais importante para combater a obesidade em pets é achar a fórmula de quanto ele deve ganhar de alimento para quanto ele consegue gastar por dia de calorias.