Home / CÃES E GATOS / Fevereiro Roxo: Cuidados Com as Doenças Em Animais Idosos e de Doenças Degenerativas

Na veterinária, o Fevereiro Roxo chega para conscientizar sobre a saúde dos animais idosos e as doenças neurodegenerativas. Vamos entender um pouco mais sobre o assunto?

A idade colabora para o aparecimento de problemas neurológicos nos cães e gatos?

Sem dúvida, a idade pode influenciar no surgimento de doenças neurológicas nos cães e gatos.

Mesmo que eles possam enfrentar questões de saúde ao longo de toda a vida, é na terceira idade que os animais idosos se tornam mais suscetíveis a desenvolver tumores e problemas cognitivos, que se assemelham às demências nos humanos. Hoje têm se falado mais sobre o Alzheimer nos pets.

Por isso, é importante seguir as orientações veterinárias, assegurando que as vacinas estejam sempre em dia e realizando check-ups veterinários anuais. A prevenção pode fazer toda a diferença para a saúde e o bem-estar dos filhos de quatro patas.

Animais idosos: o que acontece com um animal na velhice?

Com o envelhecimento, é esperado que nossos cães e gatos percam peso, tenham uma diminuição da audição, desenvolvam tártaro, lipomas e osteoartrose, entre outros sinais.

Também pode ocorrer o desenvolvimento da síndrome cognitiva nos animais idosos, algo semelhante à demência. Quando isso acontece, além de vocalizar à noite, o cão pode inverter o dia pela noite, ter dificuldade para andar e apresentar confusão mental. Os gatos miam à noite também, além de ficarem mais apegados ou distantes de seus cuidadores e começarem a fazer necessidades em locais diferentes.

Assim como os humanos devem ser acompanhados por um geriatra na terceira idade, nossos pets também precisam de acompanhamento nessa fase da vida. Não deixe de levar seu melhor amigo para os check-ups regulares e consultar um veterinário sobre qualquer alteração de saúde ou comportamento.

Como saber se o cachorro ou gato está com alteração neurológica?

Os animais podem ter os seguintes sinais:

  • mudança de comportamento;
  • bater nas coisas enquanto anda;
  • aparente perda de visão;
  • andar em círculos;
  • compulsividade;
  • alterações no movimento dos olhos ou da cabeça;
  • cabeça pendendo para um dos lados;
  • alguns tipos de coceira;
  • mancar;
  • dificuldade para se equilibrar;
  • aumento da amplitude dos movimentos;
  • paralisia;
  • fraqueza dos membros.

Todos esses sintomas são sinal de alerta!

Diagnóstico: quais os principais exames usados na neurologia veterinária?

Pra fechar um diagnóstico, o veterinário vai primeiro conversar com você para entender o que está acontecendo com o seu pet e, em seguida, examiná-lo.

Caso haja necessidade, serão feitos alguns exames, como a eletromiografia, que avalia a condução nervosa dos músculos e nervos, a eletroneuromiografia, que verifica a condução elétrica do cérebro, a tomografia e a ressonância magnética. 

Com a ressonância magnética, é possível diferenciar se a alteração neurológica é inflamatória, se há um tumor, um abscesso, um trombo, um AVC e, inclusive, se ele é causado por hemorragia por falta de oxigenação (isquemia), entre outras coisas.

Um bom neurologista deve ser, antes de tudo, um bom clínico. Junto com os exames, seu pet receberá o diagnóstico preciso e poderá ser tratado adequadamente.

Animais com alterações neurológicas: como adaptar a casa?

Ajustar o ambiente de acordo com as necessidades dos animais é muito importante, especialmente no caso de cães e gatos com alterações neurológicas.

Se o pet tem dificuldade de locomoção, por exemplo, é possível tornar o ambiente mais seguro com o uso de passadeiras e almofadas, além de impedir que ele suba e desça as escadas e acessem áreas com piscina.

Já no caso de animais com problemas cognitivos, é fundamental remover objetos pontiagudos, restringir o espaço disponível e estar sempre atento em relação à alimentação e hidratação. Muitos cães e gatinhos acabam se esquecendo de comer e beber, e podem se acidentar com grandes porções!

Agora que você já entendeu sobre o Fevereiro Roxo e os cuidados com animais idosos e as doenças degenerativas, aproveite para saber mais sobre a área de neurologia veterinária do Pet Care. Se precisar de atendimento, lembre-se de que no Pet Care contamos com os melhores especialistas da medicina veterinária!

Fonte: Elídia Zotelli, Médica veterinária Neurologista e Zootecnista

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