Por Luiz Lucarts
As neoplasias cutâneas em cães e gatos estão entre as mais comumente vistas nestas espécies. Isso se dá não só pelo fato de serem mais facilmente percebidos pelos proprietários mas também pelo fato da pele estar mais exposta a fatores relacionados a suas causas, como a luz solar.
As mais variadas raças, tais como boxers, Golden retrievers apresentam tumores de pele, sendo os animais idosos os mais acometidos. Animais de pelame clara e pelame esparso estão mais sujeitos a neoplasias devido à exposição solar.
A aparência destas lesões pode variar bastante, podem vir a perder totalmente o pelame, quando as chamamos de alopécicas. Podem ter alterações quanto a sua cor, se tornando mais avermelhadas (eritematosas) ou até arroxeadas. Como exemplo das neoplasias cutâneas temos o mastocitoma, o carcinoma espinocelular (correlacionado com exposição solar) o melanoma e o linfoma epiteliotrópico.
O diagnóstico é o passo essencial para o tratamento destas neoplasias pois só através do mesmo podemos ter informações sobre o comportamento da enfermidade, se há risco de metástase ou qual a forma de tratamento mais adequada. Chegamos ao diagnóstico, na maior parte dos casos através da análise histopatológica da formação. Um exame muito mais simples e menos custoso é o exame citológico da formação, através da punção por uma agulha fina. Muitas vezes este exame já nos dá um resultado preliminar quanto ao diagnóstico, norteando assim a conduta no caso.
Quanto ao tratamento, sempre mediante o diagnóstico definitivo podemos utilizar a remoção cirúrgica (como em alguns mastocitomas), crioterapia (carcinomas de exposição solar) ou até mesmo modalidades de quimioterapia (linfomas) ou eletroquimioterapia.
O prognóstico ou evolução depende do comportamento, agressividade, da neoplasia, e também se a remoção foi efetuada em sua totalidade. Fundamental para isso é a rápida identificação das neoplasias, quando ainda estão pequenas, o que aumenta muito as chances de sucesso nas cirurgias.