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  1. Há quanto tempo existem bancos de sangue de sangue na área veterinária ?

O Hemovet exerce este trabalho há 16 anos, mas este procedimento existe desde a década de 50 nos EUA onde surgiram os primeiros bancos de sangue veterinários.

  1. Como funciona o processo de doação de sangue animal?

A doação de sangue, assim como no ser humano, é um procedimento seguro não trazendo nenhum risco ao doador, podendo ser realizado a cada 3 meses desde que sejam obedecidos alguns critérios:

    • Os cães devem apresentar peso mínimo de 27 kg, idade entre 1 e 8 anos, temperamento dócil, vacinação e vermifugação atualizadas, controle de carrapatos e pulgas. Não podem estar em tratamento com medicamentos e não ter recebido transfusão prévia. São realizados, previamente, exames para detecção de doenças que podem estar presentes sem sintomas. Dentre os exames, realiza-se: hemograma, função renal, testes para detecção de erliquiose, dirofilariose, Lyme, leishmaniose,  brucelose e babesiose.
    • Os gatos devem ter peso mínimo de 4,5 kg, idade entre 1 e 8 anos, temperamento dócil, vacinação e vermifugação atualizadas, controle de pulgas e carrapatos. Não podem estar em tratamento com medicamentos e não ter recebido transfusão prévia. Da mesma forma que o cão, devem ser realizados exames prévios, dentre eles: hemograma, função renal, Mycoplasma sp, exames para detecção do vírus da Leucemia felina e Imunodeficiência felina.
  1. Há quanto tempo esse procedimento existe?

O Hemovet exerce este trabalho há 16 anos, mas este procedimento existe desde a década de 50 nos EUA onde surgiram os primeiros bancos de sangue veterinários.

  1. Quais os tipos sanguíneos de cães e gatos?

O cão possui mais que 13tipos sanguíneos chamados de DEA 1, 3, 4, 5, 7.

O gato possui 3 tipos sanguíneos: A, B  e AB.

No caso de felinos, temos kits de tipagem para todos os grupos sanguíneos.

  1. Quais os cuidados devem ser tomados antes, durante e depois desse procedimento?

A doação de sangue é procedimento seguro não exigindo algum cuidado especial prévio ou pós procedimento. Os cães e gatos que doam sangue podem se alimentar antes da doação, mas pedimos, se possível, o jejum de 4 horas, para evitar a lipemia, ou seja, gordura no sangue para não comprometer o processamento de alguns hemocomponentes como o concentrado de plaquetas.

  1. Como é processado este sangue doado ? Onde é armazenado?

Atualmente, semelhante aos seres humanos, realiza-se o fracionamento do sangue total canino em quatro componentes: concentrado de hemácias, plasma fresco congelado, concentrado de plaquetas e crioprecipitado, ou seja, se beneficia quatro pacientes ao invés de um caso seja utilizada a bolsa de sangue íntegra. No caso de felinos, o sangue é armazenado sob a forma de sangue total, concentrado de hemácias e plasma. Existem sim bancos de sangue caninos e felinos com rigoroso controle de qualidade no processamento e armazenamento dos hemocomponentes semelhante aos bancos de sangue humanos como o Hemovet Petcare.

O concentrado de hemácias é mantido refrigerado (2°C a 5 °C) durante 21 – 30 dias dias sendo indicado para cães e gatos anêmicos. O plasma fresco é congelado ( – 20° a – 30° C) por um período de 1 ano, sendo empregado no tratamento de deficiência dos fatores de coagulação (envenenamentos, picadas de cobra, insuficiência hepática, tumores). O concentrado de plaquetas, mantido em temperatura ambiente (20°C a 25°C), sob agitação constante, é empregado nos casos de diminuição acentuada do número de plaquetas que são responsáveis, dentre outras funções, pelo controle de sangramentos. O crioprecipitado é mantido congelado a  –  20 °C a – 30 ° C  sendo indicado no tratamento de animais com doenças hereditárias que causam sangramentos como hemofilia.

  1. Por que é importante doar?

A doação de sangue é importante para salvar a vida de cães e gatos acometidos por várias enfermidades que causam anemia ou diminuição de plaquetas semelhantes com as indicações para o ser humano. As principais enfermidades em que são indicadas as transfusões sanguíneas   são :

– Anemia grave causada pelas doenças transmitidas pelo carrapato, principalmente erliquiose e babesiose no caso dos cães. Em gatos, pode ocorrer anemia intensa em casos de micoplasmose transmitida pela pulga e doenças  virais como leucemia viral  felina;

– Acidentes que levam a hemorragias como atropelamentos, brigas com outros cães e picada de cobras;

– Procedimentos cirúrgicos especialmente os tumores que são cada vez mais frequentes e correção de fraturas extensas;

– Anemia em consequência de problemas em órgãos como rins e fígado denominados de insuficiência renal e hepática, respectivamente;

– Anemia hemolítica imunomediada (destruição autoimune do sangue)

  1. Se o meu animal necessitar de transfusão sanguínea, como saber se o sangue do doador é compatível?

Antes da transfusão sanguínea, realiza-se um teste de compatibilidade no caso de cães. No caso dos felinos, há a possibilidade de realizar o teste de compatibilidade e tipagem sanguínea. Os cães possuem mais que 13 grupos sanguíneos, logo não há kits para tipagem disponíveis comercialmente para todos eles. Os gatos possuem 3 tipos sanguíneos: A, B e AB sendo possível determinar o grupo sanguíneo para uma transfusão com maior segurança.

  1. Como ocorre a transfusão? Há algum risco para o paciente canino e felino?

A transfusão sanguínea é realizada por via intravenosa. Existem riscos de reações transfusionais, logo devem ser monitoradas durante todo o procedimento por profissionais preparados para identificá-las o mais precoce possível e, caso ocorram, realizar o tratamento mais apropriado. Existe a possibilidade de óbito quando o sangue do doador é incompatível com o receptor ocorrendo uma reação hemolítica aguda (destruição do sangue recebido por ser incompatível).

Esta monitoração deve englobar a avaliação dos seguintes parâmetros: temperatura corpórea, frequência cardíaca, frequência respiratória, mensuração da pressão arterial, avaliação de mucosas e nível de consciência.

As reações transfusionais também podem ocasionar febre, aumento de volume em face, urticária (coceira) e vômito.

Os riscos transfusionais também aumentam quando não são realizados os exames prévios nos doadores de sangue para investigação de doenças infecciosas que podem ser transmitidas para o paciente durante a transfusão agravando ainda mais o quadro clínico.

  1. Se o sangue é doado por que ele é cobrado quando realiza-se uma transfusão? Foi uma pergunta que fizeram nas redes sociais após a campanha de doação de sangue no Ibirapuera – o que vocês acham?

Tanto na Medicina como na veterinária o “Sangue” é doado mas todo o trabalho para coletar,  testar e processar esta bolsa de  sangue para que não cause consequências tanto para o doador quanto  para o receptor tem custos elevados, tais como exames de triagem (hemograma, função renal, erliquiose, babesiose, leishmaniose, Lyme, anaplasmose, brucelose) além dos custos com os materiais (bolsas de sangue, equipamentos, seringas, agulhas, tubos) , além de todo o processamento para hemocomponentes (concentrado de hemácias, plaquetas,  plasma e crioprecipitado).

Além disso, tem toda a remuneração dos profissionais envolvidos e treinamento de equipes para que o trabalho seja bem executado.  Infelizmente, não há nenhum subsídio governamental até o momento que nos auxilie a isentar ou minimizar estes custos.

Mais informações: https://hemovet.com.br/

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