Os condutos auditivos também podem ser acometidos por neoplasias. Estes tumores normalmente são derivados do tecido glandular que normalmente está presente nos condutos. Sendo mais comuns os adenocarcinomas de glândulas ceruminosas.
Animal de meia idade são os mais acometidos, a partir dos 7 anos. Vale lembrar que muito raramente esses animais sofrem metástases, mas o conduto costuma crescer localmente, isto é, dentro do conduto auditivo, levando à dor e prurido.
O paciente apresenta histórico de otite externa em apenas um dos condutos, na maior parte das vezes. Importante salientar que normalmente a secreção é purulenta e malcheirosa o que reflete a infecção, que vem em consequência desta formação em conduto. Portanto, apenas combater a infecção ameniza o quadro, enquanto o animal é medicado, havendo sempre recidivas frequentes.
O diagnóstico é feito pela análise histopatologia após a biópsia da formação. Biópsia esta que pode ser realizada por endoscopia, a chamada videotoscopia. Procedimento que permite também a remoção de todo cerume em conduto. Também pode ser necessária tomografia computadorizada ou ressonância magnética para avaliar principalmente a extensão da formação.
O tratamento se faz pela remoção cirúrgica da formação, por cirurgia ou, se possível, pela videotoscopia. Em alguns casos são utilizadas quimioterapia ou até radioterapia.
A evolução depende do tamanho da formação e de sua agressividade, sendo então fundamental o diagnóstico precoce.