O Dia Mundial de Conscientização da Epilepsia o “Purple Day” acontece no dia 26 de março. Instituído em 2008, o mundo é convidado a se vestir de roxo no dedicado à reflexão sobre a epilepsia, suas formas de tratamento, prevenção e informar todos aspectos que envolvem a doença. Os cães e gatos também fazem parte do grupo de animais que podem ter epilepsia, sendo a doença neurológica mais comum em cães.
A epilepsia acomete mais machos que fêmeas e maioria animais de raça pura como: Pastor shetland, Beagle, Bernese, Golden Retriever , Labrador, Pastor Alemão, Poodle e Border Collie.
Epilepsia idiopática é um termo usado para descrever episódios repetidos de convulsões/crises epilépticas, considerado um distúrbio hereditário, mas sua causa exata é desconhecida. A idade média de início de apresentação dos sintomas da doença varia de 1 aos 5 anos de idade.
Convulsão ou crise epiléptica é um distúrbio que se caracteriza pela contratura muscular involuntária de todo o corpo ou de parte dele, provocada por aumento excessivo e dessincronizado da atividade elétrica em determinadas áreas cerebrais. Existem vários tipos de convulsões, mas em geral dividimos em dois tipos de crises: 1. parciais ou focais, geralmente com apresentação de movimentos involuntários rítmicos faciais ou dos membros, sem perda de consciência; 2. generalizadas, quando os dois hemisférios cerebrais são afetados, com perda de consciência, contração de todos os membros, hipersalivação, e muitas vezes com presença de liberação de urina e fezes durante a crise.
E afinal, o que causam as convulsões?
Existem muitas causas de convulsões. A epilepsia idiopática, é a causa mais comum de convulsões no cão. Já nos gatos a causa mais comum ainda são os traumas e as doenças infecciosas. Outras origens incluem doença hepática, insuficiência renal, tumores cerebrais, trauma cerebral, intoxicações, doenças autoimunes, deficiências nutricionais, cinomose, doença da peritonite infecciosa felina, entre outros.
Uma convulsão é dolorosa para o cão?
Apesar da aparência dramática e violenta, as convulsões não são dolorosas, embora o cão possa sentir confusão e talvez entrar em pânico. Ao contrário da crença popular, os cães não engolem a língua durante uma convulsão. Se você colocar os dedos ou um objeto na boca, não ajudará seu animal de estimação e corre o risco de ser mordido ou de ferir seu cão. O importante é impedir que o cão caia ou se machuque, batendo objetos sobre si mesmo. A crise convulsiva é de caráter emergencial e pode gerar muitos problemas se não for tratada da forma correta.
O que fazer quando meu cão ou gato, tiver uma crise?
- Tente manter a calma;
- Retire outros animais do ambiente – alguns podem ficar assustados e serem agressivos logo após as crises;
- Não coloque a mão ou objetos na boca do animal, certifique-se de mantê-lo firme no chão ou local que está acontecendo a crise, tomando cuidado para ele não bata a cabeça;
- Se possível conte o tempo da crise, anote detalhes ou filme com ajuda de um celular – essas informações poderão ajudar seu médico veterinário;
- Procure um médico veterinário imediatamente após a crise, ou se ela não cessar em cerca de 3-5 minutos.
Quando o animal convulsiona pela primeira vez ficamos muito desesperados e preocupados, mas lembre-se: somente um Médico Veterinário poderá lhe dizer a causa da convulsão e indicar o tratamento correto.
O tratamento para as crises epiléticas abrange uso de anticonvulsivantes e principalmente diagnosticar a doença que originou as crises, com auxílio de exames complementares como exames de sangue, coração, dosagens hormonais análise de líquor e muitas vezes exames de imagem como tomografia computadorizada e ressonância magnética.
Para esse diagnóstico, o Hospital Veterinário Pet Care conta com o serviço de Atendimento com Especialista em Neurologia, uma estrutura completa de laboratório clínico, exames de imagens e Tomografia Computadorizada para cães e gatos.