Home / CÃES / Doenças / Bicho geográfico. Os causadores desse problema são os cães e gatos

A larva migrans cutânea (LMC), conhecida popularmente como bicho geográfico, é uma série de manifestações patológicas causada geralmente por parasitas específicos do intestino delgado de cães e gatos que eventualmente atingem o homem. As larvas infectantes deixam marcas parecidas com um mapa na pele do homem devido a sua migração e conseguem avançar 1 a 2 cm por dia na pele.

A larva possui distribuição cosmopolita, no entanto apresenta maior incidência em regiões subtropicais e tropicais. Trata-se de manifestações patológicas onde as espécies envolvidas só sobrevivem um período no hospedeiro, sem completar a totalidade do ciclo evolutivo.

A LMC é causada por estágios larvais das espécies Ancylostoma braziliense e Ancylostoma caninum.

Os agentes etiológicos fêmeas da LMC fazem a postura de ovos no sistema intestinal dos cães e gatos, e esses ovos são eliminados juntamente com as fezes desses animais no ambiente. Em condições apropriadas forma-se a larva de primeiro estágio, L1,ainda no interior do ovo. Posteriormente esses ovos eclodem, e as larvas alimentam-se no ambiente de microorganismos e matéria orgânica.

Após uma semana a larva L1 sofre dus modificações e torna-se L3, que é a larva infectante. As L3, diferentemente das L1, não se alimentam e têm um índice de sobrevivência alto no ambiente, até várias semanas. Nos cães e gatos a infecção pode ocorrer pele via oral, transplacentária e cutânea. Cerca de um mês depois as larvas atingem o estágio maduro e são eliminadas nas fezes dos cães e gatos.

A infecção no ser humano é dada pelo contato da pele com as larvas L3 infectantes. Apesar de estas serem comuns nas areias das praias, os ovos progridem em qualquer terreno que lhes garanta calor e umidade suficientes para virarem larvas. Por isso, também são frequentemente encontrados em outros locais onde cães e gatos defecam, como montes de areia de construção.

Quando as pessoas pisam ou sentam em locais infestados, as larvas perfuram a pele superficialmente e começam a caminhada que abrirá verdadeiros túneis na pele da vítima. Infectam notadamente as crianças, que tem a pele mais fina.

No momento em que entram no organismo, podem  não causar nenhuma alteração perceptível, mas podem apresentar eritema e prurido. No local em que as larvas penetram, inicialmente surge uma lesão eritemopapulosa, que transforma-se em lesão vesicular. Por estar em pele humana, a larva não consegue se aprofundar para atingir o intestino (oque ocorreria no cão e no gato),e caminha sob a pele formando um túnel tortuoso e avermelhado. Mais comúm em crianças, as lesões são acompanhadas de muita coceira. Os locais mais comumente atingidos são os pés pernas, braços, mãos, antebraços e nádegas, e mais raramente na região da boca . Pode ocorrer como lesão única ou multiplas lesões. Devido ao ato de coçar, frequentemente aparecem infecções secundárias.

Dependendo da extensão da doença, o tratamento pode ser feito por uso tópico ou via oral. Quando a infecção é pequena, o tratamento pode ser feito apenas com pomadas específicas, mas geralmente não é necessário utilizar qualquer medicamento. No caso de infecção maciça,ou em casos em que o medicamento tópico não funcione, é necessário a utilização de medicação via oral. A ocorrência de LMC é intimamente ligada a presença de cães e gatos nos locais compartilhados com o homem. É comum a presença de larvas em areias de parques infantis e as crianças são facilmente atingidas pois costumam brincar com a areia. Todavia, considerando a prevalência da infecção nos cães, a ocorrência da doença em seres humanos é baixa.

O controle é realizado através da conscientização populacional no sentido de não levar os animais a locais públicos e realizar neles exames parasitológicos, acompanhados de tratamento adequado.

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