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No Dia Nacional dos Animais, profissionais abordam bem-estar de pets e humanos.

Cláudia Guimarães, da redação

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Os latidos e miados já fazem parte da rotina da maioria dos brasileiros. Os pets evoluíram junto com os seres humanos por milhares de anos, o que fez com que surgisse um elo entre eles. Porém, o que mais se comenta sobre relação tutor-animal são os benefícios que os animais oferecem às pessoas. Hoje, no Dia Nacional dos Animais, a C&G VF quer fazer diferente: queremos mostrar que o animal se beneficia do amor e cuidados que recebe, fica feliz quando seu tutor consegue entender as mensagens que ele manda, entre outros inúmeros fatores que enriquecem esse relacionamento, em especial, no bem-estar de cães e gatos.

Por este motivo, a franqueada e adestradora da Cão Cidadão (São Paulo/SP), Nathália de Campos Camillo, afirma que quanto mais simples e direta for a comunicação entre eles, mais saudável e recompensadora a convivência, consequentemente, será. “A relação entre o proprietário e seu pet é algo complexo e único em cada relacionamento. O amor e a vontade de que o animal seja feliz é o que faz os tutores buscarem o adestramento, para que ambos possam se entender melhor e alcancem uma convivência cada vez mais plena”, aponta.

Esse relacionamento também é comentado pela médica-veterinária especializada em neurologia, da Clínica FisioCare (São Paulo/SP), Amanda Gomes, que frisa que a função do tutor é proteger, educar com amor e promover todas as possibilidades de uma vida completa em aprendizagem, conforto e saúde. “Com certeza, um dos maiores benefícios ao pet é que essa aproximação permitiu que o mesmo seja levado ao médico-veterinário nos primeiros sinais de acometimento da saúde, por exemplo”, declara em relação à importância de manter a vitalidade do animal.

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O relacionamento entre o tutor e seu pet
deve ser construído aos poucos para que
seja saudável (Foto: reprodução)

De olho nos trejeitos. Os comportamentos que mostram que o animal está feliz na presença de seu tutor varia de espécie para espécie, de acordo com Nathália, e, por isso, é preciso aprender a ler a comunicação que aquele pet em especial está mandando. “Na maior parte das vezes, essa expressão vem por sinais corporais. Mas, algo que é nítido em todas as espécies, principalmente para demonstrar amor, é a procura por seu tutor, por estar sempre perto, acompanhar seus passos pela casa, dormir e relaxar ao seu lado, entre outros”, enumera.

Por outro lado, quando os momentos de relaxamento e alegria acabam sobrepostos por circunstâncias de estresse e ansiedade, essa relação passa por um período de turbulência. Amanda revela que algumas alterações de comportamento, como por exemplo, medo, agressividade, coprofagia (comer fezes), correr atrás do rabo, podem ser manifestações de um animal que não está conseguindo expressar seu comportamento normal. Segundo a diretora do PetCare Hospital Veterinário (São Paulo/SP), Carla Berl, auto-mutilação, inapetência ou  fome compulsiva, em geral doenças psicossomáticas também são indícios de que há algo errado. Nathália adiciona que, na maioria das vezes, os problemas começam pela dificuldade de comunicação entre animal e seu tutor, já que nos expressamos de maneira muito diferente da deles. “Para melhorar esse ponto devemos aprender a nos fazer entender pelo nosso pet e, assim, construir uma nova história de amor com ele”, recomenda.

Dentro do campo da neurologia, Amanda acredita que a falta de atenção do proprietário o impede de perceber as manifestações iniciais de doenças neurológicas graves, que poderiam ser tratadas mais rapidamente, evitando sofrimento ao animal. Carla expõe que os pets mais felizes são aqueles que apresentam bom comportamento, não são ansiosos, se alimentam bem, não estão com sobrepeso e também não estão muito magros, conseguem se movimentar facilmente, abanam a cauda e tem aspecto geral e pelagem boas.

Tutores, demonstrem! Para Nathália, é importante que os proprietários provem o quão bem a companhia do pet faz a eles e à família. Para isso, ela dá algumas dicas para que os humanos possam aproveitar o tempo com seus cães e gatos: “Massagens são muito bem-vindas para essas espécies, mas se não os acostumamos desde pequenos, alguns pets podem não aprovar o toque em todas as partes do corpo. As pessoas podem utilizar esses momentos para conhecer melhor os animais”, destaca.

neuroadestradora

Neurologista e adestradora incentivam brincadeiras como jogar bolinha, pega-pega,

buscar biscoito escondido, joguinhos de inteligência e outros (Foto: divulgação)

Brincadeiras também são necessárias para os humanos e para pets, como explica a adestradora: “Brincar gasta energia mental e física e isso faz muito bem para a saúde, além de ajudar a estreitar o vínculo de amizade”. Ampliando a lista de atividades benéficas, a profissional cita a hora da refeição, que também pode ser aproveitada para curtir com o animal. “Existem inúmeros brinquedos interativos que acoplam alimento em seu interior, fazendo com que ele se divirta tentando descobrir como pegar a comida. É bacana, também, mostrar ao pet que, quando algo estiver muito difícil para ser solucionado, nós, tutores, podemos ajudar”, expõe.

Os animais que recebem mais carinho e atenção, visitam com mais frequência o veterinário, contam com maior prevenção de doenças que prejudicariam tanto a saúde física como a mental, possuem uma vida mais satisfatória, de acordo com a neurologista Amanda. “Um envelhecimento mais saudável, com boa alimentação, prevenção de doenças e brincadeiras que estimulam a função cerebral, aumenta a longevidade e evitam doenças, como o a Síndrome do Distúrbio Cognitivo Canino, popularmente conhecido como o ‘Alzheimer Canino’”, cita.

Como ressaltado por Nathália, o relacionamento tutor-animal é construído aos poucos, no dia a dia e, para que essa relação seja saudável, forte e duradoura, ela deve estar baseada em amor e respeito mútuo. “Para mostramos respeito ao nosso pet devemos entender suas necessidades básicas, como alimentação e cuidados com a saúde física e mental. Passando pelo processo de adestramento, baseado no reforço positivo, é possível construir essa relação para que seja prazerosa e recompensadora para todos”, orienta.

Amanda ainda aponta que o progresso da Medicina Veterinária ocorre com forte ajuda da relação tutor-animal. “Na minha opinião, a intensificação e importância dos animais na vida dos humanos só faz essa evolução ser mais rápida e positiva. Respeitar e não maltratar os animais é dever de todos, independentemente da escolha profissional ou afinidade com a espécie”, defende.

Apesar disso, a veterinária Carla chama atenção para a importância de um equilíbrio nessa relação: “Um animal não deveria ter tanta dependência da presença de um ser humano em algumas horas do dia a fim de poder viver uma vida normal. Por isso, os pets extremamente humanizados sofrem muito com a ausência mesmo que breve dos seus proprietários”, revela. Ela também afirma que é essencial dosar horas de companhia e momentos em que o bicho consiga conviver sozinho. “Alguns animais tem finalidade de companhia, outros de guarda, outros de pastoreio e assim por diante. Cada um terá um estilo de vida diferente, mas todos merecem uma posse responsável”, finaliza.

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